Horto Florestal de Mogi Mirim abriga espécies do cerrado.

Horto Florestal de Mogi Mirim abriga espécies do cerrado.

No Brasil, há seis tipos de biomas continentais e um bioma marinho. Os biomas terrestres são Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.

A Amazônia ocupa 50% do território brasileiro, o Cerrado representa 22% da área total, enquanto a devastada Mata Atlântica responde por apenas 15% do território. A Caatinga, o único bioma 100% no Brasil e circunscrito à Região Nordeste, ocupa 10% do território, seguido pelo Pantanal (2%), no Centro-Oeste, e Pampa (2%) na região Sul.

O bioma de Mogi Mirim é o do Cerrado. Pela baixa umidade durante a maior parte do ano, o solo do cerrado é pobre em nutrientes, as árvores, não muito altas, são esparsas e geralmente têm tronco retorcido para evitar a perda d’água. Suas cascas são duras, grossas e as folhas são cobertas de pelo. As árvores e espécies vegetais do Cerrado sobrevivem porque possuem raízes longas que alcançam até 15 metros de profundidade no solo para buscar água nas camadas mais úmidas em épocas de seca. 

Para proteger as espécies do cerrado local é que foram criados, na década de 1930,  a Estação Experimental e Horto Florestal de Mogi Mirim. Com 145 hectares de superfície, a unidade experimental é dedicada à pesquisa e a conservação de patrimônio da flora e fauna. Além de promover atividades de educação ambiental de forma controlada, com pequenos grupos.

O Horto de Mogi Mirim apresenta vegetação de floresta estacional semidecidual, com a presença de espécies das aves e mamíferos em risco de extinção. Já foram identificadas 115 espécies, pertencentes a 42 famílias de aves, sendo que as aves migratórias encontradas nesses estudos são: tesourinha (tyranus savana), siriri (tiranus melancholicus), coleirinha (sporophyla caerulenscens), tiziu (volatina jacarina), bigodinho (sporophyla lineola) patos e marrecos da família anatídea.